quarta-feira, 18 de março de 2009

Crítica do filme "O Terminal"

No filme O Terminal dirigido por Steven Spielberg, analisamos as várias formas de comunicação e as dificuldades enfrentadas por Viktor Navorski protagonizado por Tom Hanks que chega em Nova York sem dominar o código e levando consigo meia dúzia de frases feitas.
As dificuldades começam quando o personagem é levado à sala do diretor do aeroporto, ocorre uma grande falha de comunicação, no momento em que o diretor tenta explicar para Viktor usando uma maçã e um saco de batata frita, como exemplo, que seu país estava em conflito, o personagem entende que o diretor está lhe falando sobre os pontos turísticos de Nova York que é também conhecida como “Big Apple”, ou seja, “grande maçã”, ele tenta manter uma comunicação, mas não é feliz na tentativa.
As pessoas que circulavam no aeroporto nem percebiam a diversidade de informação que tinha ali, e a grande qualidade de Viktor é que ele passa a compreender diversas informações a partir do momento em que começa a observá-las.
Em todo enredo do filme visualizam-se imagens indicando lugares, faixas coloridas no chão que tinham um significado para estarem ali, essas imagens e faixas são formas de comunicação que estão dentro da linguagem não-verbal e que muitas vezes passam despercebidas no cotidiano.
Não podemos deixar de falar sobre o merchandising que há no filme, aparecem frequentemente a Hugo Boss, Swatch que são marcas muito conhecidas e também o restaurante Burger King.
È impressionante a forma que Viktor encontra para entender as notícias que passam na TV sobre seu país, quando ele compra dois livros iguais um em seu idioma e o outro em inglês e começa a compará-los no intuito de se manter informado, chega a ser engraçado, mas realmente foi uma forma inteligente que ele encontrou para solucionar o problema de comunicação.
Uma cena marcante foi quando Viktor percebeu que estava sendo observado, quando ele fazia qualquer movimento corporal a câmera de vigilância emitia um som e o seguia ele notou que era evidente que tinha alguém por trás daquela ação.
No decorrer do filme, Viktor já conseguia manter uma comunicação com os funcionários do aeroporto, o faxineiro que inventava histórias a seu respeito passou a acreditar que ele não fazia parte da CIA como o mesmo imaginava, o repositor de alimentos que trocava comida por informação e Viktor as trazia de uma forma meio confusa, a aeromoça Amélia Warren (Catherine Zeta-Jones) que distorce completamente o que Viktor diz, e muitos outros que por ele aprenderam a cultivar simpatia.
Fica evidente o poder que Viktor tem nas mãos, quando é chamado para estabelecer comunicação entre um estrangeiro que tentava levar remédios para seu pai e o diretor do aeroporto que devido às normas não permitia, pois faltava a documentação necessária, Viktor domina os dois códigos e sensibilizado com aquela situação se identifica com o mesmo, ajudando o estrangeiro e insinuando que os remédios eram para “bode”. Nos nove meses que permaneceu no aeroporto ele tinha o interesse em adquirir conhecimento e obteve a informação de que era permitido levar remédios desde que fossem para animais.
O filme é rico em ensinamentos, com diferentes formas de comunicação e situações inusitadas, ele conta a história de um homem que sai de seu país chegando em outro sem dominar o código, na busca da realização de uma promessa feita ao pai, sendo que ele consegue realizá-la, mostrando a superação das barreiras linguísticas, e da diversificada forma de se emitir uma mensagem.